Revolução alimentar e foodtechs: conheça o futuro da comida

27/10/2020 - Saiba como a tecnologia irá transformar a nossa forma de produzir e consumir alimentos

A evolução é parte essencial da humanidade. Prova disso são as famosas “revoluções” pelas quais nossa espécie já passou: a Revolução Cognitiva, a Revolução Agrícola e a Revolução Científica.

Em cada uma dessas etapas, aspectos importantes de nossa vida foram transformados. Por exemplo, na Revolução Agrícola, os seres humanos passaram a domesticar alimentos como arroz, trigo e milho.

Agora, uma nova revolução está dando seus primeiros passos, a chamada Revolução Alimentar. Tratam-se de mudanças estruturais na forma como produzimos e consumimos nossos alimentos, baseando-se nos desafios enfrentados para suprir a alta demanda por comida e a escassez de recursos no planeta.

Neste artigo, você irá conhecer sobre a Revolução Alimentar e como as foodtechs contribuem para esse cenário de inovações. Confira!

Por que viver uma Revolução Alimentar?
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), até 2050 a população do planeta chegará a 9,6 bilhões de pessoas, que consumirão cerca de 30 bilhões de refeições por dia. Para suprir essa demanda, a produção mundial de alimentos deve crescer 70%, o que representa um gigantesco impacto ambiental e social. 

Além disso, apesar de ainda haver 1 bilhão de pessoas sofrendo com a fome, o desperdício ainda é “regra” em todo o processo de produção, distribuição e consumo dos alimentos: um terço do que é produzido vai para o lixo nas fazendas, nas fábricas, nos mercados e em nossas casas. 

Por tudo isso, fica claro porque temos que pensar em novas formas de comer, priorizando alimentos produzidos de forma a respeitar o meio ambiente, fortalecer a agricultura familiar e agroecológica e reduzir o consumo de produtos ultraprocessados. 

Também é preciso transformar a maneira como o mercado alimentício funciona, otimizando os processos e reduzindo os efeitos negativos da cadeia produtiva e de distribuição, como a emissão de gases poluentes e uso de agrotóxicos em excesso.


Como as foodtechs fazem a Revolução acontecer 

O conceito de foodtech é a junção de alimentos (food) e tecnologia (tech), ou seja, são empresas que se utilizam da tecnologia para aprimorar a agricultura, a produção de alimentos, seus canais de distribuição e, consequentemente, o consumo. 

Como dito anteriormente, a necessidade de se prover alimentos saudáveis para toda a população é cada vez maior. Assim, as foodtechs surgem não apenas como um nicho ou uma onda passageira, mas como uma ferramenta essencial para resolvermos um problema de escala mundial.

Uma vez que esse é um setor que engloba muitos processos, as foodtechs também possuem um amplo leque de atuação. Confira alguns nichos e empresas mais conhecidas:


Carnes de laboratório e plant-based

Essa talvez seja a categoria de foodtechs mais em alta nos últimos tempos. Com representantes como a Impossible Food, a Beyond Meat e Fazenda Futuro, diversas empresas mundo afora estão desenvolvendo hambúrgueres de carne sem carne, mas textura, sabor e aparência dos tradicionais. 

São diversas possibilidades: desde hambúrgueres feitos de proteína vegetal até “carnes de proveta”, elaboradas com fibras sintéticas idênticas às naturais.


Dietas baseadas no DNA

A personalização é uma tendência em todos os setores da economia e, como não poderia deixar de ser, a área alimentícia acompanha esse movimento. 

Para oferecer uma experiência ainda mais individualizada, algumas empresas, como a americana Habit, recorrem à genética e a coleta de exames para elaborar dietas adequadas às necessidades e aos hábitos de cada pessoa. 


Automação dos processos 

Aqui, podem ser citadas diversas soluções que buscam reduzir o desperdício e facilitar a rotina de pessoas e empresas.

No mercado internacional, já existem sistemas que ajudam chefs de cozinha a detectar em que parte de seus processos ocorre maior desperdício de alimentos, reduzindo a quantidade de lixo gerada.

Também podemos citar a Supermercado Now, uma startup brasileira que automatiza as compras mensais das famílias brasileiras. Por meio dos shoppers, os profissionais que realizam as compras, a conexão entre mercados e clientes é feita totalmente online. É o mesmo segmento da Rappi, empresa que possibilita compras em supermercados e farmácias, além do delivery de bares e restaurantes.

O cenário brasileiro 
O Brasil é um país de dimensão continental que está entre os maiores produtores e exportadores de grãos e carnes no mundo - além de ser uma das 10 nações que mais desperdiçam alimentos.

Dessa forma, é fácil entender porque o mercado das foodtechs é promissor em nosso país. Segundo a consultoria Builders, em 2018 eram 53 startups brasileiras no ramo alimentício e, em 2019, esse número saltou para 332.

As inovações que essas empresas oferecem vão desde a forma de se produzir alimentos (hambúrgueres da Fazenda Futuro) até os modelos de entrega (delivery de comida congelada pela LivUp ou de restaurantes pelo iFood, Rappi e Uber Eats).

Apesar de significativos, os investimentos em foodtechs ainda são pequenos se comparados a países como os Estados Unidos, que contam com um cenário macroeconômico mais favorável e empresas mais bem-estruturadas.

As empresas, especialmente as startups, nascem para resolver uma questão importante em sua área de atuação. No caso do setor alimentício, as inovações tecnológicas são utilizadas para diminuir o impacto no meio ambiente (reduzindo a produção de resíduos e o desperdício de comidas) e na sociedade, buscando erradicar a fome e promover uma alimentação saudável.

Por tudo isso, é possível dizer que estamos vivendo uma nova e gigantesca Revolução Alimentar.

O Grupo SOITIC tem a inovação como parte de seu DNA, por isso está sempre atento às novidades em todos os setores da economia.

Conte com a gente para evoluirmos juntos!


Fontes:

https://medium.com/@priscilasantanna/vamos-falar-sobre-foodtechs-e-como-est%C3%A1-o-brasil-nesse-cen%C3%A1rio-b458725ced94

https://abrasel.com.br/noticias/noticias/foodtechs-startups-de-alimentacao-sao-as-que-mais-crescem-e-ganham-forca-no-brasil/

https://ittrends.com/conteudos/foodtechs-a-revolucao-dos-alimentos-mal-comecou/

https://www.iberdrola.com/inovacao/foodtech


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